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Dóris Helena
Soares da Silva Giacomolli, nasceu em São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul.
Mas, como ao artista não basta tão só a arte de nascer – é preciso brilhar!
Dóris brilhou ainda quando menina, no instante em que seus olhos fascinaram
numa caixinha de lápis de cores da coleguinha de classe, ali acordara o
instinto da arte que nascera com ela, e começava então a clarear seu universo
artístico...
Aos vinte
anos, ou um pouco mais, foi então que um anjo certo dera-lhe as mãos pincéis e
tintas, e na sua frente pusera uma tela... Um anjo, como o que falara a
Drummond: “Vai, Carlos! ser gauche na vida”, disse a Dóris: “Vai, Dóris! ser
artista na vida!” E ela seguiu...
Sob o
pincel, como em mágica, nascia a beleza dos versos pintados... E os anjos
bradavam: “São poemas que ela pinta! As rimas são as tintas!” Dóris rimos
(pintou) seus primeiros trabalhos em uma atmosfera confusa... Por escolhas das
necessidades que a vida propõe, Dóris abandonara os pincéis por algumas vezes,
apenas os pincéis, pois o gênio criativo a acompanhava, sempre ativo no seu interior,
ganhando asas para em momentos oportunos voar! Brilhar! Pintar!...
Dóris fez
vestibular e, com muito esforço ganhou uma bolsa para o curso de Artes
Plásticas, porém não chegou a concluir o primeiro semestre, pois as
necessidades lhe impulsionara a outros caminhos... Formou-se em docente, e
passou a exercer a profissão em Língua Portuguesa, inglesa e literatura. Graças
ao seu filho mais velho que ela descobriu uma nova arte, o jogo de xadrez, que
passou a ensinar a seus alunos no colégio que leciona... Arte que tornou a ser
tema bastante trabalhado em suas telas, uma inspiração à belos trabalhos!...
É neste
bailado dos pincéis sobre superfícies incolores que a artista, mãe de três
filhos, que fazem parte de seu grandioso acervo de obras primas, rítmica seus
versos em cores que vão criando fascinações!... O olhar da menina que
encantou-se outro dia com uma simples caixinha de lápis de cores é diferente,
não é comum, enxerga a essência das coisas a as transformam de abstrato ao
concreto.
Dóris, é
amiga do silêncio, como os grandes artistas da humanidade. É no silêncio que o
gênio da criatividade atua. O silêncio florido, perfumado, de sabores
infindos... No silêncio em si mesmo o carpinteiro de Jerusalém trabalhava as
peças rusticas intuindo o homem belo, assim fazia o Sábio grego e o Aleijadinho
das Minas Gerais, desrolpava das pedras, belas obras de artes. De mesmo modo
trabalha a amante do silêncio... São florais, natureza morta, paisagismos,
casarios, figuras humanas que, às mãos desta talentosa mulher vão dando formas
e cores com uma pitada de alma amorosa...
Assim é
Dóris Helena, uma autentica Artista Plástica! – autodidata.
Agnaldo Tavares Gomes
Quando
eu era menina, “adolescendo”, eu admirava uma caixa de lápis de cores, uma
grande , de 36 cores, que umas colegas tinham e nunca usavam, apenas colocavam
ao lado dos cadernos, na classe, a espera de
não sei o quê... Eu olhava para as cores e tinha vontade de fazer muitas
coisas com elas, até de comê-las!!! Naquele tempo eu fazia retratos, com lápis preto. Só
fui tocar em tinta com 20 anos ou
mais... Não sou pintora, não aprendi a pintar, então não posso dizer que sou
pintora, só que pinto. Posso dizer que sou professora de inglês, português e
literatura porque tenho diploma de uma
Universidade Federal Brasileira que
me qualifica para isso e porque tenho
um concurso estadual que ratifica meu
diploma! Então sou professora, trabalho, ganho meu dinheiro e faço dele o que
quiser e compro telas e tintas e pinto; para mim, para meu prazer, para mexer
com as cores que sempre amei, desde que lembro... Pinto o que gosto, pinto para
mim. Se vender, adoro, se não vender, gosto também, se receber uma opinião
construtiva, um elogio, fico feliz por dias, mas se pinto uma tela que me satisfaz, fico feliz também, feliz comigo, feliz porque construí, fiz
das cores, um mundo, um
lugar...
Mas,
mais do que cores, amo formas, amo paisagens, flores, casas... Eu sei que alguém
pode dizer: Mas se já inventaram a máquina de fotografia, tira uma
foto!
Um fotógrafo também sabe, como eu, que para tirar uma foto, ele também precisa “fazer a paisagem”, esperar a luz, esperar o céu se preparar, e a nuvem se formar...é uma forma de arte, altamente qualificada, tirar uma foto! E também pintar uma paisagem!
Paisagens já existiam antes de pintores darem suas vidas para aprenderem a retratá-las com perfeição em suas telas, existiam desde que foram criados o céu e a terra, a partir do nada, do caos, da luz ser dividida da escuridão e a água da terra, e terem surgido plantas e árvores, frutas, flores e peixes no mar e pássaros no céu e animais na terra.
...por que então os homens gregos, ou renascentistas e muitos outros, de muitas épocas, através dos tempos, quiseram estas paisagens retratadas em suas paredes, se bastava olhá-las de suas janelas?
Um fotógrafo também sabe, como eu, que para tirar uma foto, ele também precisa “fazer a paisagem”, esperar a luz, esperar o céu se preparar, e a nuvem se formar...é uma forma de arte, altamente qualificada, tirar uma foto! E também pintar uma paisagem!
Paisagens já existiam antes de pintores darem suas vidas para aprenderem a retratá-las com perfeição em suas telas, existiam desde que foram criados o céu e a terra, a partir do nada, do caos, da luz ser dividida da escuridão e a água da terra, e terem surgido plantas e árvores, frutas, flores e peixes no mar e pássaros no céu e animais na terra.
...por que então os homens gregos, ou renascentistas e muitos outros, de muitas épocas, através dos tempos, quiseram estas paisagens retratadas em suas paredes, se bastava olhá-las de suas janelas?
Uma
pessoa não pode, simplesmente,tirar qualquer foto, pintar qualquer céu, a
qualquer hora, sem pôr nisso, Arte...
“CAIXA
DE LÁPIS DE COR” ressuscitou de muitas conversas e dúvidas dos últimos dias.
Frases como :_“ Eu nunca penduraria uma paisagem na minha parede”, ou” paisagens
são ultrapassadas desde a máquina de fotografia” Será que eu saberia só misturar cores numa
tela? Bom, misturei!!! ! Gosto mais de formas, e vou, depois desta, por
enquanto, por um tempo, talvez longo, continuar pintando o que me satisfaz e me
dá prazer!!!
Gostei das cores nesta tela, gostei, como gostava de olhar para aquelas caixas de lápis, cheias de cores, mas ainda tenho vontade de fazer coisas com elas, transformá-las em flores, em nuvens, em ...
Gostei das cores nesta tela, gostei, como gostava de olhar para aquelas caixas de lápis, cheias de cores, mas ainda tenho vontade de fazer coisas com elas, transformá-las em flores, em nuvens, em ...
Hoje é dia 18
de outubro de 2011 e o Abstrato foi transformado, habitado e
renomeado:
"Abstrato habitado por ser
meio humano"
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